Submundo - Fotos

Terceiro Mundo é o tema de SUBMUNDO: a poética montagem que funde animação, teatro e dança, comemorativa dos 15 anos do SOBREVENTO

Teatro de animação com música ao vivo. Com dança. Com Realismo Mágico. O premiado GRUPO SOBREVENTO criou SUBMUNDO, um espetáculo surpreendente, destinado ao público adulto.

O Grupo faz um teatro de animação sem precedentes, valendo-se de técnicas inovadoras e unindo várias linguagens. Para isto, convidou grandes profissionais do Teatro, da Música, da Dança e das Artes Plásticas a se juntarem ao Projeto. SUBMUNDO estreou no Festival Rio Cena Contemporânea, no Rio de Janeiro, em novembro de 2002 e cumpriu temporada no Teatro do Jockey, de janeiro a março de 2003, graças ao patrocínio da Prefeitura do Rio/Secretaria das Culturas e do Instituto Municipal de Cultura RIOARTE e ao copatrocínio do Projeto EnCena Brasil, do Ministério da Cultura/Funarte.

"É um espetáculo experimental, nada fácil tecnicamente e que explora muitas técnicas diferentes", observa Luiz Cherubini, fundador do SOBREVENTO com Sandra Vargas e Miguel Vellinho. SUBMUNDO utilizará desde uma folha de jornal para criar bonecos, até lenços que ganharão movimentos, sempre falando de questões relativas ao Terceiro Mundo, invariavelmente com linguagem poética. Os cenários são de André Cortez e Daniela Thomas. No palco, acompanhando a montagem, tocará ao vivo o consagrado violonista pernambucano Henrique Annes - que compôs diversas músicas especialmente para o espetáculo e que assina sua direção musical -, ao lado de um quinteto de instrumentistas de formação erudita.

O cenário de SUBMUNDO revela a idéia de um mundo subjacente a um outro, através da utilização de dois planos. A ação passa-se sobre uma estrutura de ferro, gradeada, a 80 centímetros do chão. Sua preparação, porém, tem lugar ao nível do chão, coberto de areia, o mote que costura toda a peça. É por meio de alçapões que se dá a comunicação entre os dois planos. De autoria de André Cortez e Daniela Thomas, o cenário assemelha-se a uma "instalação". Tem cerca de uma tonelada e 48 metros cúbicos de areia.

O figurino é de Márcio Medina, premiado figurinista e cenógrafo paulistano, e explora transformações constantes, em materiais rústicos e em cores pálidas. Os adereços são do cenógrafo carioca Carlos Alberto Nunes. Ao todo, SUBMUNDO é formado por 14 quadros. A iluminação ficará a cargo do carioca Renato Machado, que tem assinado a iluminação de todos os espetáculos do SOBREVENTO nos últimos dez anos. Diretor musical do espetáculo, Henrique Annes é fundador da Oficina de Cordas de Pernambuco, com a qual gravou Sounds of Pernambuco, pelo WTA dos Estados Unidos, Música de Pernambuco, pela Nimbus, da Inglaterra, e Violão Pernambucano, pela Kuarup, do Brasil. SUBMUNDO conta com músicas inéditas do compositor, criadas especialmente para o espetáculo. Amadurecido ao longo de dois anos, SUBMUNDO é um trabalho de intercâmbio com diferentes artistas e intelectuais e que fala do terceiro mundo através de um discurso bem diferente daquele dos anos 70. "Exploramos os rumos inaugurados pelo Realismo Fantástico, a literatura não só de Borges, Cortázar, García Marquez, Rulfo, Galeano, mas também de Beckett e Jonathan Swift e, mais, as idéias de Chomski, Emir Sader, Frei Betto, na construção de um discurso sobre um terceiro mundo, que se vê cada vez mais isolado e com perspectivas cada vez mais reduzidas", afirma Luiz André Cherubini.

SUBMUNDO apresentou-se no Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Recife, Salvador, Campo Grande, Campinas, Santos, São Bernardo do Campo, São José do Rio Preto, Diadema e Jaraguá do Sul.